domingo, 30 de maio de 2010

A Volda do vinil - O Globo Online 09/06/2008

A volta do vinil na era do MP3: venda de LPs e toca-discos crescem
Publicada em 09/06/2008 às 00h25m
O Globo Online


RIO - Enquanto as vendas de CD continuam em declínio e MP3s são trocados sem barreiras, o antes "jogado às traças" LP está ensaiando seu retorno. As informações são da edição de junho da revista "Rolling Stone" americana.

Em 2007, de acordo com uma pesquisa da Nielsen SoundScan - instituição que monitora a movimentação da indústria fonográfica -, cerca de um milhão de LPs foram comprados, contra 858 mil em 2006. Baseado nas vendas de 2008 até agora, esse número pode subir para 1,6 milhão até o fim do ano. Enquanto isso, segundo a Associação da Indústria Fonográfica da América, o consumo do CD caiu 17,5% durante o mesmo período. As vendas de toca-discos - que despencaram de 1,8 milhões em 1989 para parcos 275 mil em 2006, de acordo com Associação de Consumo de Eletrônicos - sofreram uma reviravolta no ano passado, quando quase meio milhão foram vendidos.

Do disco "Magic" de Bruce Springsteen e do "Consolers of the Lonely" do grupo Raconteurs, até "Jukebox" de Cat Power e "Third" do Portishead, agora é possível comprar versões em vinil de vários grandes lançamentos. E os artistas estão fazendo sua preferência pelo vinil ser conhecida.

Antes do lançamento de "Consolers", o Raconteurs anunciou que "recomenda ouvi-lo em vinil". Em abril, o disco "Momofuku", de Elvis Costello and the Imposters foi lançado primeiro em LP, apesar de incluir um cupom para download digital gratuito (a versão em CD chegou às lojas semanas depois).

- É uma revolução? Não. Mas nossas crenças foram um pouco renovadas, sem mencionar que fizemos um pouco mais de dinheiro. É difícil fazer isso na indústria hoje em dia - conta Luke Lewis, presidente do selo de Costello, Lost Highway.

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É uma revolução? Não. Mas nossas crenças foram um pouco renovadas, sem mencionar que fizemos um pouco mais de dinheiro. É difícil fazer isso na indústria hoje em dia
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- Todo mundo considera que o ano passado foi um divisor de águas - diz à "Rolling Stone" Cris Ashworth, dono da United Record Pressing, a fábrica de LPs de Nashville que é uma das maiores dos Estados Unidos e uma das poucas que restaram (cerca de uma dúzia existe hoje, quase duas vezes menos das que havia nos anos 80).

Quando entrou no ramo em 1989, Ashworth lucrou pouco mais de US$ 1 milhão e mal tinha dez empregados. Hoje, ele emprega mais de 50 pessoas e os lucros mais que quadruplicaram, graças a uma avalanche de trabalhos que incluem o LP de Costello, além dos discos "Year Zero", do Nine Inch Nails, "Easy Tiger", de Ryan Adams, e produtos de gravadoras independentes.

- Meu filho esteve muito preocupado por dez anos. Ele meio que olhava para mim, balançava a cabeça e dizia "Pai, você não tem vida". Agora ele diz "Bem, talvez papai seja um pouco mais esperto do que eu pensava" - conta Ashworth.

Mesmo com o aumento de sua participação, o vinil continua sendo um mercado de nicho. A maioria dos lançamentos, independentes ou de grandes gravadoras, vende entre 2 mil e 10 mil cópias; "bestsellers" recentes incluem "In rainbows", do Radiohead (13 mil), e "Blonde on Blonde reissue", de Bob Dylan, lançado em 2004 (25 mil). As possibilidades de crescimento futuro são limitadas:

- Definitivamente existe um teto - conta o gerente geral do selo Matador, Patrick Amory.

Graças ao aumento no preço do petróleo (matéria-prima para a confecção do vinil, e os LPs são distribuídos por caminhão) e a escassez de fábricas, um LP pode custar até US$ 4,50 por unidade para ser fabricado, comparado ao custo de menos de US$ 1 por um CD.

Apesar dos avanços tecnológicos (como o CD) terem prejudicado seriamente o LP, as novas tecnologias têm sua parte no ressurgimento das bolachas de vinil. LPs antigos podem ser convertidos para MP3 graças a novos equipamentos de toca-discos equipados com portas USB. A empresa Numark, uma das maiores fabricantes desses modelos, desenvolveu os produtos para DJs de boates e se surpreendeu com o sucesso também entre os consumidores comuns: a companhia recentemente vendeu o toca-discos de número 1 milhão.

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O que também colabora com a volta do vinil é a crescente desilusão com o som do CD e do MP3
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O que também colabora com a volta do vinil é a crescente desilusão com o som do CD e do MP3. O CD é há muito tempo conhecido por seu áudio límpido mas excessivamente "magro" (e às vezes metálico). "Com o vinil, a variação vai de precisa a cheia" quando a questão é reproduzir o material da fonte original, explica o renomado engenheiro de masterização Bob Ludwig, que trabalhou com nomes que vão de Bruce Springsteen a Nirvana.

- Com o meio digital, é totalmente o oposto: de precisa a "magra". Essa "magreza" no meio digital é um som que nossos ouvidos parecem não gostar muito, enquanto as pessoas não parecem se importar com a leve perda de agudos que você pode ter com o vinil - conta Ludwig, que como a maioria, separa as sessões de masterização para CDs e LPs.

A compressão de áudio ouvida nos MP3s apenas exacerbou a tendência de degradação do áudio.

- Ela pega 90% da música e basicamente joga tudo fora - diz Ludwig - Ela pega a parte ruim do áudio digital e o torna ainda pior - conclui.

Levando em consideração que um disco é prensado sob condições ideais e tocado em um sistema de alta capacidade, o vinil pode restaurar algumas propriedades perdidas do som.

Mas também há um lado menos técnico por trás da mini-renascença do vinil. Seja inspecionando a agulha do toca-discos em busca de poeira ou tendo que mudar o lado do disco, LPs exigem atenção. E para um pequeno, mas crescente, grupo, essas exigências não são uma chateação.

- Não há nada como colocar a agulha em um disco rodando - diz a cantora country Shelby Lynne - Você tem seu vinil, seus amigos, e enquanto um disco toca, eles vão escolhendo um outro. Nós não estamos dando valor à música porque é muito fácil apertar um botão. Quero dizer, pôxa, música deveria ser divertida - conclui.

Ed Motta e sua coleção de vinis


A resistência do vinil

Assistam este documentário muito interessante sobre o vinil e seu mundo


Filmes

Podemos ver os velhos vinis tocando em vários filmes. Temos alguns onde o vinil tem grande destaque, vou citar alguns bons que valem a pena ser assistidos, Alta Fidelidade, Durval Discos.

No filme Constantine, aparece um quadro com a capa do lp time out de Dave Brubeck e em outra cena um aparece o mesmo disco sendo tocado. No ultimo filme do Mel Gibson seu personagem coloca um disco de vinil para tocar enquanto ele prepara o jantar com sua filha que compartilha a mesma paixão do pai.
Lembro de um filme de terror antigo onde um rapaz tocava um disco ao contrário e invocava um demõnio.
Falar de filmes onde o vinil aparece rende muito assunto, mais para frente comento outros.
Até breve


sábado, 29 de maio de 2010

O Ritual
















Considdero ouvir um disco de vinil um ritual extremamente relaxante.
Escolher o disco certo para o momento, colocar no toca discos, ver o braço levantar lentamente, escolher a faixa, ver o braço descer lentamente, ouvir aquele ruido caracteristico do vinil antes da faixa começar e finalmente ouvir a musica. Todo este processo relaxa, acalma e traz boas lembranças. Considero uma boa forma de sair do extresse do dia a dia.

Conservando os Vinis















A muito tempo eu procurava sacos plásticos para proteger meus discos e hoje consegui comprar no centro do rio 2oo sacos na medida de 31,5 x 32 cm por R$ 19,00 o cento.
A loja fica na rua Buenos Aires, 342

A Paixão



O que leva uma pessoa em pleno sabado a acordar ás 6hs da manhã para ir ao centro do rio fazer um trabalho de Indiana Jones buscando discos na feira da pça 15 e sebos espalhados pelo centro ?
A resposta é muito simples, uma grande paixão pelo som encorpado do vinil.
Hoje sai com uma pequena lista de que estava procurando a um bom tempo e por sorte pude trazer pelo menos um para casa. A lista não é nada de outro mundo com discos rarissimos ou importados, mas está sendo bem dificil de encontra-los .
Esta é a pequena lista deste sabado: R.E.M Document, R.E.M Green, Ten Pearl Jam e Warehouse Songs And Stories do Husker Du.
Não encontrei nenhum disco da lista no centro, mas encontrei alguns que não esperava e pude trazer muita coisa boa.
Do centro fui a tijuca e chegando no shopping vitrine da tijuca vejo o Husker Du exposto na vitrine de uma loja me esperando para traze-lo para casa, hoje é meu dia de sorte.
Na volta fiquei tentando imaginar uma forma de dividir esta paixão com outros fâns do vinil e surgiu a idéia de criar esse blog, e aqui estou ao som do vinil do Husker Du